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Cultura, lazer ou terapia? 

             O modelismo é uma mistura de tudo isso e um pouco mais. Ferreomodelismo, automodelismo, nautimodelismo, aeromodelismo e plastimodelismo, seja qual for a modalidade, quem pratica conquista novos espaços  por terra, água e ar, e domina, ainda que em fantasia, uma tecnologia quase tão avançada quanto a que move o mundo. Modelismo é também criatividade, construção de cidades, paisagens, máquinas e situações em miniatura. Uma forma de realizar sonhos.

               O surgimento do trem deu início ao ferreomodelismo. Locomotivas exatas, vagões primorosos, trilhos impecáveis. Em seguida vieram as pontes, os viadutos, as estações. Tudo em escala. Até postes luminosos, sinais, desvios, pessoas. Depois, a cidade começou a se desenvolver a partir da estação. Casas com quintais, árvores, animais domésticos. Prédios e ruas, charretes, lojas, praças, igrejas e hotéis. A banda e o coreto. A paisagem é estática, assim como a maioria de seus componentes. Mas o trem elétrico se movimenta ao sabor da realidade. As luzes se acendem quando a noite chega. O aficionado do ferreomodelismo carrega alguma saudade, ou ama a poesia. A pretexto de colocar um trem em movimento, é possível criar toda uma cidade, ou reproduzir alguma já existente. Depende apenas da imaginação do modelista.

                 Por meio de rádio-controle, os aviões taxiam, decolam, voam, executam manobras das mais difíceis e desenham acrobacias no ar. É o aeromodelismo arrancando emoções de todas as idades, pois existem aeromodelistas de 8 a 80 anos. Em Maringá, mesmo, há uma revelação no campo da acrobacia: Enzo Rizzo, que realiza manobras perfeitas e de tirar o fôlego, e começou com oito anos de idade. Outro praticante, famoso, que já não está entre nós, mas que não abria mão de seu hobby e dizia que era o que, realmente, sabia fazer bem feito, foi Ayrton Senna.

            Aqueles que preferem a água também não ficam sem se aventurar. Podem deslizar pelos oceanos imaginários veleiros, lanchas, cargueiros, transatlânticos, encouraçados, iates e submarinos. O nautimodelismo também segue a mesma regra que orienta a paixão pelas miniaturas. Muda apenas o meio onde elas de movimentam.

            No caso do automodelismo, cujos carros rádio controlados e com motor à explosão podem atingir velocidades surpreendentes  (50 a 100 Km),  a execução rigorosa tem a ver não só com a beleza estética, com a fidelidade ao original, mas também, e principalmente,  ao desempenho preciso.  É competitivo, requer esportividade, gera adrenalina. Seja em pistas de asfalto, ou fora da estrada, elétrico ou a combustível, tem seus campeões.

              Por último, mas não menos importante, há o plastimodelismo, que dispõe de um maior número de aficionados. Isto porque se faz presentes em todas as modalidades, isto é, com modelos plásticos em escala, o modelista pode reproduzir tanto aviões, como trens, barcos, carros, motos, cenários, naves espaciais, etc. Não há limite para o plastimodelista. Abrir um kit de peças e sistematizar, organizar, montar, exige um plano, um raciocínio. É a construção lenta, peça por peça, em busca da serenidade e da máxima perfeição.

             É impossível não se entusiasmar. Modelismo fascina. É como um caminho sem volta. Quem dá o primeiro passo, não deseja retroceder. Na medida em que descobre o novo mundo das miniaturas, ganha a abrangente visão de quem é grande. E experimenta uma espécie de poder sobre as coisas que pode manipular com rara alegria e indizível satisfação.

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